quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fúria da Natureza


Este é o nome da mais nova via de escalada do setor Acampamento, com ela, agora são 135 em toda falésia.
Trata-se de uma maravilhosa linha, à esquerda da fenda Dia das Crianças, que começa com duas proteções fixas e entra em uma bela fenda cuja proteção móvel é feita em friends grandes e médios, com peças repetidas. Medindo uns 23 metros, termina embaixo de um teto magnífico com  mais duas proteções fixas e a base em 2 grampos P, sendo um de 1/2" e outro de 10 mm.
A primeira tentativa de conquista ocorreu sábado com os conquistadores Inácio Bianchi e Claudio Medeiros e Cleiton Duarte Ferreira, pois, o outro conquistador, Luiz Flávio Oliveira, deu um "perdido" na equipe, alegando falta de "alvará conjugal" para encarar a empreitada, logo ele, que foi o herói da semana anterior abrindo a primeira via do setor.
A via recebeu este nome por motivos justos. Já no primeiro dia a primeira batalha contra os elementos naturais foi vencida com um facão com o qual, na segurança do Claudio, eliminei uma moita gigantesca de cipós podres e secos que obstruíam a linha. Logo a seguir sofri um ataque ferrenho dos marimbondos enquanto progredia na fenda, após atacarem com muitas ferroadas eles foram contra-atacados com armas pirotécnicas e derrotados. Logo após ter colocado a primeira proteção fixa no final da fenda, já nas segurança do Cleiton, a natureza resolveu mandar um exército mais poderoso ainda, as abelhas africanas, perante este último ataque, recuamos e abandonamos temporariamente a via. Restou a mim e ao Cleiton limpar os escombros da base do setor, retirando o amontoado de cipós, tarefa que nos deu muito trabalho.
No domingo eu e Rogério Nogueira entramos novamente na luta, agora com arma química (Baygon) com a qual  aplicamos muitas baixas nos marimbondos. Chegando ao último P batido, fixei mais uma proteção e quando me preparava para bater a base, recebi o pior ataque da natureza, as abelhas já chegaram fuzilando, e houve o nosso segundo recuo, porém desta vez com uma dezena de ferroadas das malditas africanas. Foi para nós a segunda derrota, porém a guerra continuaria.
No chão nos preparávamos para ir embora quando a natureza novamente atacou, agora com uma tempestade com muito vento que durou umas duas horas e fez com que tudo ficasse molhado, mesmo as partes mais abrigadas pelo teto. Após o fim da tempestade as abelhas se recolheram, entrei novamente na via e cheguei ao último P que havia batido, esperei um pouco e vendo que as abelhas já estavam sossegadas, imediatamente comecei a progredir rumo à base, tão preocupado que estava com as abelhas, não percebi uma casa com enormes marimbondos e levei mais um monte de ferroadas, porém, cheguei ao teto e finalizei a conquista.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Novo Setor na Falésia: Acampamento.

Neste feriado do dia das crianças resolvemos mais uma vez contrariar a previsão do tempo, que era de 80% de probabilidade de 45 mm de chuva, e fomos para a falésia com o intuito de acampar e abrir mais alguma via, porém, quando chegamos na sexta-feira vimos que, desta vez, a previsão não falhara, tivemos que optar por iniciar os trabalhos no setor que não molha com a chuva e não acampar. Logo chegando ao setor o Luis Flávio inicia a conquista pela fenda e segue nela até o seu final, no teto, batendo a parada e terminando a conquista desta linda linha, que foi batizada de Dia das Crianças, tem uns 22 metros e Inácio fez a primeira ascensão sugerindo um VIIa, vamos aguardar novas repetições para confirmar o grau da via.


Via: Dia das Crianças (móvel) - 22 metros
No sábado retornamos a falésia para continuar os trabalhos e abrimos mais duas vias à direita da fenda, ambas têm a mesma saída, a primeira se chama 45 milímetros e sugerimos um V grau, a segunda se chama Tanga Frouxa e a graduação sugerida foi um VIIa/b, aguardando novas repetições para confirmar o grau.
Via da esquerda: 45 milímetros - via da direita: Tanga Frouxa
No domingo já sem chuva abrimos a quarta via da parede, ela começa um pouco mais alta que as outras vias, e termina na virada do teto, tendo duas partes negativas uma já na saída, onde se encontra o crux, e outra no final, aparentemente será uma via de oitavo grau.
Todas as 4 vias apresentam movimentos de virada de teto com agarras boas e podem ser escaladas em dias de chuvas torrenciais.Com estas últimas conquistas chegamos a 134 vias.

Via Pipoca Mágica