domingo, 17 de outubro de 2010

O que as empresas de equipamentos de escalada e montanhismo tem feito por você?

Esta semana após algumas decepções e dúvidas quanto à manutenção do acesso à Falésia Paraiso, e consequentemente, quanto ao futuro da escalada no Vale do Paraíba me senti na obrigação de escrever algo a esse respeito.
Todos sabemos que as empresas de equipamentos para escalada e montanhismo vivem da venda de seus produtos, e que quanto maior o número de pessoas praticando o esporte, maior será o volume de vendas destas empresas. Porém para que as pessoas tenham interesse em seus produtos é necessário que exista cada vez mais pessoas escalando e mais locais para escalar.
O que as empresas de equipamentos de escalada e montanhismo têm feito a este respeito?
O que tenho visto é o pouco caso que as elas fazem em relação ao desenvolvimento e a abertura de picos de escalada, elas simplesmente não se envolvem com questões relacionadas a legislação sobre o assunto.
Muitas vezes me pego fazendo propaganda para amigos e conhecidos dos equipamentos nacionais que possuo, mas ao mesmo tempo fico muito decepcionado com as empresas nacionais que só se importam com os próprios "umbigos". O que elas fazem pelo esporte? Patrocinam alguns poucos escaladores. Mas será que é só disso que precisamos?
Apoiar os escaladores de ponta, aumentando a visibilidade do esporte na mídia, é uma forma de atrair mais adeptos, mas será que somente isto basta? Será que se elas ajudassem abrir novos points de escalada e a manter o acesso livre não seria uma forma de atrair e manter os novos adeptos praticando? Será que se elas utilizassem o peso político que têm não poderiam influenciar os governos, a exemplo do ocorrido no município do Rio de Janeiro, a desenvolverem legislaçãoes locais, estaduais ou nacional, para garantir acesso aos inúmeros points que poderiam ser abertos para os atuais e futuros escaladores?
Este é o meu desabafo contra a atitude míope daquelas empresas que, se contentando em apenas vender seus equipamentos a alguns poucos escaladores, não enxergam que este esporte está crescendo e perdem a chance de participar positivamente tornando este crescimento mais rápido e sustentável.



5 comentários:

  1. Muito bom o comentario Inácio, não podemos deixar de questionar esse fato! precisamos do envolvimento das empresas para o crescimento da escalada! tomar frente de ações fazer parte da causa junto com agente !! por enquanto não temos nehuma que faça isso... Experiencia propria!!!

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  2. Agradeço as palavras de apoio ao "desabafo" recebidas neste e em outros meios.
    Claro que eu também comungo da opinião desta postagem, que ajudei a redigir, mas devo admitir que a mesma foi de iniciativa do Cláudio, que consta como signatário, à quem devemos dar os parabéns.

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  3. Inácio.
    Nós, além de nos manter dentro das regras, podemos fazer mais alguma coisa pra ajudar? Estão preparando mais avisos, placas, vigiando, limpesa, etc?
    Se pudermos ajudar entre em contato: irineupinto@hotmail.com
    Abraço

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  4. Irineu, agradecemos muito a sua disposição em nos ajudar. O que podemos fazer?
    De imediato, como vc disse, seguir as regras, principalmente: deixar os R$ 3,00 na caixinha que está sob o telhado à direita da casa do Marcão, dirigir bem devagar na estradinha de terra, etc.
    Depois conscientizar os frequentadores, que por ventura, estejam alheios às regras e aos últimos acontecimentos, seja por serem novatos ou ainda não terem acessados este blog. Enfim deflagrar aquela saudável reação em cadeia.
    Temos poucas chapeletas, e após terminarmos as vias do setor Seu Renato, vamos "atacar" setores negativos, e precisaremos de muitas chapeletas.
    Estamos precisando de voluntários para fazer placas e coisas do genero, mas esse trampo a gente combina por mail.
    Abração

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  5. Concordo plenamente! Por isso acho merecedor de mais respeito o profissional de escalada que não aceita "apoio coxinha" e sempre recomendo a compra de equipamentos importados e pela internet (vindo de fora).
    Abraços e que um dia as empresas acordem pra realidade.

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